O transporte das peças gigantescas chama a atenção da população por onde passa e remete os mais nostálgicos ao tempo das construções epopeicas na fronteira entre Brasil e Paraguai, como na época da construção da Itaipu.
A segunda viga longarina de 20 metros de comprimento e 60 toneladas, que integra o conjunto das quatro maiores peças metálicas da Ponte da Integração Brasil – Paraguai, chegou por volta do meio-dia deste domingo (19), em Foz do Iguaçu (PR). A primeira havia sido posicionada na estrutura na sexta-feira (17).
O transporte das peças gigantescas chama a atenção da população por onde passa e remete os mais nostálgicos ao tempo das construções epopeicas na fronteira entre Brasil e Paraguai, como da própria usina de Itaipu, responsável pelo financiamento da segunda ponte sobre o Rio Paraná.
Quase 40 anos depois a história se repete. A cidade ganha infraestrutura para um novo salto econômico. Itaipu e as pontes, tanto da Amizade (com o Paraguai) e da Fraternidade (com a Argentina), fazem parte de ciclos fundamentais de desenvolvimento para a região e para o Mercosul, de forma geral.
Instalação A previsão é que a instalação das duas vigas em suas posições definitivas aconteça em até dois meses. As peças foram fabricadas pela empresa Demuth Estruturas Metálicas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). A obra está sendo executada pelo consórcio Construbase–Cidade–Paulitec. A administração é do Departamento de Estradas e Rodagem (DER) do Paraná.
As vigas longarinas serão aplicadas nas chamadas “aduelas de arranque”, ou “nariz de arranque”, que são estruturas de sustentação da pista de rolamento. A montagem das aduelas deve começar na próxima semana. Até agora, a obra avançou 26,2%, incluindo as frentes nas margens brasileira e paraguaia. Diretamente, a construção garante emprego para 470 trabalhadores. A previsão é que a ponte esteja pronta em meados de 2022.
Para o diretor-geral brasileiro, general Joaquim Silva e Luna, “o ritmo avançado da obra mostra um novo Brasil. Um Brasil que dá certo, que aposta na integração com seus vizinhos e no sonho de sua gente”. Nesta semana, tanto o presidente Jair Bolsonaro, quanto o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas elogiaram o encaminhamento da construção. Em regime de três turnos, a ponte vai ganhando novos contornos dia a dia.
Como será A futura ponte internacional terá 760 metros de comprimento e será do tipo estaiada, com vão-livre de 470 metros. Contará com pista de 3,7 metros de largura em cada faixa, acostamento de 3 metros e calçada de 1,70 metro.
Parcerias A nova ponte entre Brasil e Paraguai é uma obra do governo federal, com gestão do governo do Estado (por meio do Departamento de Estradas de Rodagem – DER) e recursos da margem brasileira da Itaipu Binacional. Serão investidos aproximadamente R$ 463 milhões, considerando a estrutura, as desapropriações e a construção de uma perimetral no lado brasileiro, ligando a ponte à BR-277.
A nova estrutura será importante para desafogar o tráfego na Ponte da Amizade, facilitar o transporte de cargas na região, desviando o transporte pesado da região central de Foz do Iguaçu, trazendo mais segurança, benefícios socioeconômicos e mais conforto para os diferentes públicos que fazem diariamente a travessia entre os dois países.
A Itaipu Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, 2,7 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. A hidrelétrica é responsável pelo abastecimento de aproximadamente 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai.