A região do Porto Meira, uma das mais importantes de Foz do Iguaçu (PR), começa a atrair a atenção de grandes investidores nacionais e internacionais devido à construção da Ponte da Integração Brasil-Paraguai, bancada pela Itaipu Binacional.
Estão previstas, por exemplo, a vinda de um shopping com loja duty free, voltado para lazer e entretenimento, e a instalação da maior roda-gigante da América Latina, com 90 metros de altura. A roda-gigante mais famosa do mundo, a de Londres, tem 135 metros.
Os nomes dos investidores ainda são mantidos em sigilo. Porém, se os investimentos se confirmarem, a região, que reúne 32 bairros, passará a ter um novo perfil econômico, com abertura de novas frentes de trabalho, geração de riqueza e maior segurança para turistas e moradores.
“É exatamente essa transformação e esse legado que a Itaipu quer promover. Não só no bairro, como em toda a cidade, a região de fronteira e os municípios vizinhos dos dois lados do Rio Paraná”, diz o diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna.
Para o diretor de Coordenação, Luiz Felipe Carbonell, “a segunda ponte sobre o Rio Paraná, por si só, abre frentes de trabalho nos dois lados da fronteira”. A Diretoria de Coordenação é a área de Itaipu responsável diretamente pela obra.
Localização A Ponte da Integração Brasil-Paraguai, entre Foz do Iguaçu e Presidente Franco, a segunda sobre o Rio Paraná, tem investimento previsto de R$ 463 milhões, custeado totalmente pela margem brasileira da Itaipu.
Do total, R$ 323 milhões serão usados na construção da ponte e R$ 140 milhões nas obras da Perimetral Leste, que ligará a ponte e a BR-277, permitindo que os caminhões procedentes da Argentina e do Paraguai acessem diretamente a rodovia federal brasileira, sem passar pela área urbana de Foz do Iguaçu.
A nova ligação, cuja obra é gerida pelo governo do Estado, deve ficar pronta em três anos. A construção começou no último dia 7 de agosto.
Canteiro de obras O consórcio Construbase-Cidade-Paulitec, responsável pela obra, está trabalhando na terraplanagem e montagem do canteiro de obras. Na sequência, será feita a fundação – o bloco principal que vai segurar os mastros de 120 metros responsáveis pela sustentação da ponte.
Para o início serão usadas 20 máquinas, como caminhões, tratores de esteira, motoniveladoras, escavadeiras hidráulicas, rolo compactadores, entre outras.
A previsão é que, no pico das obras, sejam contratados cerca de 500 trabalhadores – cem a mais do que previsto inicialmente – e que de 10 a 12 empresas atuem de forma indireta na construção da ponte.
Com 760 metros de comprimento e vão-livre de 470 metros, o maior de uma ponte estaiada no Brasil, a obra terá duas torres de 120m de altura. A pista será de 3,7m de largura de cada lado, com acostamento de 3m e calçada de 1,7m.(Assessoria)