Segundo o diretor-geral brasileiro da usina, general Silva e Luna, despesas com passagens aéreas nos três primeiros meses de 2019 foram quase R$ 1 milhão inferiores às do mesmo período no ano passado
Só com o início da mudança do centro de comando brasileiro de Itaipu para Foz do Iguaçu, antes concentrado em Curitiba, a redução no gasto com passagens aéreas para deslocamento de empregados chega a 45% em relação ao mesmo período do ano passado. Esta economia, de aproximadamente R$ 1 milhão, poderá ser utilizada pela empresa para cobrir custos mais importantes.
A informação foi repassada pelo diretor-geral brasileiro de Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, na primeira de uma série de pequenas coletivas à imprensa de Foz do Iguaçu, nesta terça-feira (9), no Centro Executivo de Itaipu.
Silva e Luna é o primeiro diretor-geral brasileiro a residir em Foz do Iguaçu durante o exercício do cargo. “Fiquei surpreso com a cidade, que tem estrutura para ser uma capital. Vim por dever de ofício, mas com certeza escolheria a cidade para morar”, afirmou.
O diretor informou, durante a entrevista, que o Escritório de Itaipu em Curitiba não será extinto, apenas passará por uma reformulação, já que muitos dos projetos e ações da empresa são desenvolvidos em Foz. “Portanto, é natural que haja uma migração de empregados para o chamado centro de gravidade da empresa”, disse. E acrescentou: “Tudo será feito com base em estudos criteriosos”.
Silva e Luna reforçou que Itaipu vai continuar a investir em projetos estruturantes para o município e que nenhuma ação importante, com aderência à missão da usina, será interrompida. Ele citou como exemplos projetos em andamento, como o Mercado Municipal e a ciclovia da Vila A, além do repasse de recursos ao Hospital Ministro Costa Cavancanti. “Temos que ampliar a qualidade do recurso investido para ter a melhor cidade para se morar, sem precisar se deslocar para grandes centros. Afinal, vivemos aqui”, justificou.
Outros assuntos foram abordados no encontro com os jornalistas, como o grupo de estudos criado na Itaipu para subsidiar a negociação da tarifa de energia por um prazo mais longo, para trazer segurança orçamentária à empresa. Nesta quinta-feira (11), está prevista uma reunião entre as chancelarias do Brasil e do Paraguai para tratar do tema.
Desde a semana passada, o diretor vem cumprindo uma agenda importante com interlocutores políticos de Foz e região. Ele já recebeu em seu gabinete o prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, e o presidente da Associação dos Municípios do Oeste do Paraná e prefeito de Jesuítas (PR), Aparecido José Weiller Júnior. Além disso, mantém um diálogo aberto e permanente com o governador do Estado, Carlos Massa Ratinho Jr.
Unila, PTI e ponte Sobre a Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), o diretor-geral brasileiro também adiantou que está avaliando com o Ministério da Educação (MEC) a melhor forma de resolver o problema dos “esqueletos”, as estruturas físicas inacabadas da universidade.
Já em relação ao Parque Tecnológico Itaipu (PTI), ele afirmou que haverá uma readequação da estrutura, com foco principalmente em soluções tecnológicas para atender a projetos de produção de energia da usina.
Silva e Luna informou ainda que a documentação da segunda ponte entre o Brasil e o Paraguai, prevista para ser concluída em 26 de abril, quando o Tratado de Itaipu completa 46 anos, já está pronta para ser entregue ao Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit). A gestão da obra será feita pelo governo do Paraná e o dinheiro previsto para custear a construção já está empenhado.
Por fim, o diretor-geral brasileiro lembrou que os dois maiores bens da Itaipu são “sua gente e sua água”.
A Itaipu Com 20 unidades geradoras e 14 mil MW de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável, tendo produzido, desde 1984, mais de 2,6 bilhões de MWh. Em 2016, a usina brasileira e paraguaia retomou o recorde mundial anual de geração de energia, com a marca de 103.098.366 MWh. Em 2018, a hidrelétrica foi responsável pelo abastecimento de 15% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 90% do Paraguai. (Assessoria)