País vizinho é visto como alternativa viável para a fabricação de peças e componentes hoje obtidos na Ásia.
Com baixa carga tributária e energia elétrica a preços competitivos, o Paraguai é visto, cada vez mais, como um destino viável de investimento para as indústrias com capital brasileiro. O processo voltou a ganhar impulso com as dificuldades logísticas trazidas pela pandemia do novo coronavírus, principalmente quanto às importações chinesas.
“Essa é a tendência, de recorrer cada vez mais ao negócio de nearshoring [produzir mais perto dos locais onde os produtos serão consumidos], do qual o próprio presidente Santiago Peña vem falando”, complementou Cabrera.
A região de Ciudad del Este, segundo o consultor, poderá ser a principal beneficiada pelo movimento, tendo em vista a existência de redes de transporte para conexão rápida com o Brasil e a abundância de mão de obra.
Atualmente, o departamento (estado) fronteiriço de Alto Paraná concentra mais da metade das indústrias que operam no Paraguai sob o regime de maquila, que permite a finalização e montagem de produtos que usam matéria-prima importada. O setor gera cerca de 22 mil empregos diretos em todo o território paraguaio. (h2foz)