O deputado Vermelho conversou com Ricardo Salles e o ministro virá a Foz para conversar com lideranças dos municípios do entorno
Durante evento realizado em Brasília na semana passada, o deputado federal Vermelho conversou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e o convidou para uma visita a Foz do Iguaçu para um debate com lideranças iguaçuenses e dos municípios lindeiros ao Parque Nacional.
“O ministro confirmou a presença, mas ainda falta definir a data. Nós queremos um debate amplo e aberto sobre o parque, construir uma agenda positiva com Foz do Iguaçu e todos os municípios que fazem divisa com o parque”, afirmou Vermelho.
Uma das principais reivindicações do deputado ao ministro será no sentido de aumentar a participação da cidade na fatia da arrecadação que o ICMBio tem, tanto do que se refere aos ingressos, como das concessionárias. Vermelho faz parte da Comissão de Turismo, é presidente da subcomissão de Turismo de Natureza e membro da Frente Parlamentar de Turismo.
“Por ser município sede das Cataratas do Iguaçu, Foz recebe uma quantia ínfima. Queremos construir uma proposta junto com a sociedade e apresenta-la ao ministro para que a nossa cidade tenha uma participação mais efetiva para investir em divulgação e infraestrutura”, acrescentou Vermelho.
As lideranças do turismo sempre defenderam maior participação nessa receita e Vermelho fará a ponte para que esse anseio seja concretizado. “É justo que a cidade tenha maior participação. Esses recursos serão muito bem-vindos nessa época de crise”.
Lindeiros O deputado informou que também convidará lideranças dos municípios do entorno ao parque para a conversa com o ministro. “O ministro Ricardo Salles é uma pessoa muito acessível e ponderada. Ele irá ouvir as propostas e tomará a decisão mais acertada”.
Vermelho entende que a região lindeira ao parque tem um potencial gigantesco para lazer, recreação e conhecimento. “Se esse potencial for bem aproveitado, poderá trazer novas oportunidades econômicas aos moradores que ajudam a preservar essa reserva”, diz o deputado.
São municípios lindeiros ao parque: Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Serranópolis do Iguaçu, Matelândia, Ramilândia, Céu Azul, Vera Cruz do Oeste, Santa Tereza do Oeste, Lindoeste, Santa Lúcia, Capitão Leônidas Marques e Capanema.
Importância do parque O Parque Nacional do Iguaçu tem uma área de 185.260 hectares de Mata Atlântica, é o maior e mais importante remanescente de floresta subtropical na região Sul do Brasil. Abriga uma rica biodiversidade, espécies ameaçadas e magníficas paisagens compostas pelo rio Iguaçu, pela própria floresta e pelas grandiosas Cataratas do Iguaçu. Esses aspectos justificaram seu reconhecimento, em 1986, pela Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da UNESCO, como Sítio do Patrimônio Natural Mundial.
Arrecadação supera os R$ 100 milhões por ano
Segundo o Instituto de Terras, Cartografia e Geologia– ITCG, órgão da estrutura da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo – SEDEST o faturamento expressivo dessa Unidade de Conservação supera em mais de R$ 100 milhões de reais/ano.
Atualmente a Unidade de Conservação é administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBIo, autarquia federal vinculada ao Ministério do Meio Ambiente e concedida à iniciativa privada para exploração turística.
A concessão com prazo de 20 anos terminaria em 2020 mas, em função da pandemia, o prazo foi prorrogado por mais um ano. A concessionária é a Eco Cataratas que remunera mensalmente o ICMBio com 6% do faturamento, dos quais nenhum centavo é repassado aos cofres públicos do município de Foz.
Metade dos turistas que estiveram nas Cataratas em 2019 é brasileira. Mas as Cataratas do Iguaçu vêm fascinando cada vez mais estrangeiros. Pessoas de outras 173 nacionalidades completam a lista atual de visitantes. O número de americanos nas Cataratas do Iguaçu cresceu 44% em relação a 2018. (Assessoria)