Se o amor é mais evidenciado nesse junho pela passagem do Dia dos Namorados, oportuno relembrar o poeta Dr. Ácrata Martins postando um de seus poemas na obra “Falando de Amor” lançada em 2002 com ilustração de capa de sua esposa, saudosa artista plástica Yvone. Como ele mesmo afirma na apresentação dos poemas de que são reflexos de um festival de emoções que efervesceram sua alma, capaz de transmitir, com sua devida ternura, o sentimento que só a alma escuta e que é capaz de entendê-lo: a alegria eterna do amor. Essa obra se soma ao nosso acervo Memória da Mídia Impressa, devidamente, autografada pelo autor.
Dr. Ácrata Martins que fora médico em Medianeira por mais de 40 anos, deixou um legado profissional e pontuou seu lirismo através de poesias e o realismo tematizado em contos; voltou
a residir no Rio Grande do Sul, seu estado de origem, precisamente no litoral Tramandaí. Além da obra que nos referimos, mais uma de poesias Vivências Nuas e coletânea de contos em Janela do Tempo e Retalhos.
Vivo, sinto, cresço, me dôo no amor.
No amor que conquista o mundo.
Avança no pecado, arde de calor;
no amor que inflama, embriaga, sorve tudo,
que suplanta, que desafia que luta com ardor.
Ele que cria o poder,
a grandeza, o destemor,
atiça a voz do trovador,anuncia a realeza, o esplendor,
a beleza, a vida, o sonhador.
O amor. A fonte sublime da felicidade,
a vitalidade santa que cria para a eternidade.
Jamais subjuga, antes liberta para o vôo livre
da paixão fremente que incendeia o peito da gente.
Ele que revigora,
que faz crescer o desejo
que vive o prazer, o agora,
que se faz eterno num único beijo.
Este amor que nasce nos braços de um sonho,
que cresce menino, na inocência de ser lindo,
que envelhece na grandeza de ter sido.
Este amor que permanece único, fiel, paixão,
Ainda é o mesmo que nos arrebatou o coração.