Zoológico Bosque Guarani recebeu plantio de dez mudas de ipês em evento comemorativo
Em 2009, iniciava-se uma caminhada conjunta, contínua e permanente para a melhoria da qualidade de vida no território, por meio do fortalecimento da Educação Ambiental (EA). Instituições públicas, empresas, organizações não-governamentais e sociedade civil formam o Coletivo Educador Municipal de Foz do Iguaçu (CEMFI), que agora celebra uma década de existência com inúmeras conquistas e reconhecimento local, regional e nacional.
Quarta-feira, 18 de setembro de 2019, entrou para a história do grupo com o plantio de dez mudas de ipês no Zoológico Bosque Guarani – local escolhido por abrigar o Centro de Educação Ambiental do Iguaçu (CEAI), vinculado à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), a primeira instituição âncora da iniciativa e que, desde então, permanece em sua gestão. Bem como comemorar a trajetória voltada ao enraizamento e à capilarização da EA, o ato simbólico fez alusão ao Dia Mundial da Árvore (21 de setembro).
Homenageando todos os membros do CEMFI, as árvores foram plantadas por representantes da SMMA, Instituto Federal do Paraná (IFPR) – Campus Foz do Iguaçu, Aguaray Eco Esportes, Instituto para o Desenvolvimento do Turismo, Cultura, Esporte e Meio Ambiente (IDESTUR), sociedade civil, grupo Juventude e Meio Ambiente da Bacia Hidrográfica do Rio Paraná 3 (JMABP3), Visit Iguassu, Secretaria Municipal da Agricultura (SMAG), Núcleo Regional de Educação (NRE) de Foz do Iguaçu e Grupo Escoteiro Guairacá.
O trabalho cooperativo em rede possibilitou, entre outros feitos, a implementação do Programa Agenda 21 na Educação Infantil na rede pública municipal de ensino, a cartilha Carta da Terra para Crianças (2012) e, como desdobramento, o curta-metragem Carta da Terra para Crianças: Um Novo Olhar – O Filme (2016). Produzida em parceria com a Escola Bilíngue para Surdos Lucas Silveira, mantida pela Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Foz do Iguaçu (APASFI), a obra cinematográfica foi gravada em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e legendada em Língua Portuguesa.
Mais recentemente, desde o início de 2018, o Coletivo Educador atua na construção participativa da Política Municipal de Educação Ambiental (PMEA), sustentada em uma pesquisa exploratória acerca da percepção socioambiental dos moradores do município. Como instrumentos de coleta de dados, o estudo utilizou entrevistas, questionário on-line e oficinas de cartografia social.
Desde novembro do ano passado, em parceria com o IFPR – Campus Foz do Iguaçu, o grupo executa a Formação de Educadores Ambientais (FEA), composta por nove módulos embasados na temática água. A partir do método de Pesquisa-Ação Participante (PAP), o processo formativo resultou em comunidades de aprendizagem, como, por exemplo, na unidade de Foz do Iguaçu do Serviço Social do Comércio (Sesc), no bairro Parque Monjolo, no Colégio Agrícola Estadual Manoel Moreira Pena, no Conjunto Habitacional Grande Lago e no Parque das Aves.
Formar multiplicadores, incentivar o olhar holístico sobre a existência e construir conhecimentos coletivamente são a essência da Educação Ambiental. Sendo assim, o CEMFI também busca disseminar boas práticas e dar visibilidade aos trabalhos de seus membros nas edições de terça-feira do programa radialístico Estação Innovacities, transmitido pela Rede Comunicadora Iguassu (RCI), afiliada à Rádio Bandeirantes. Realizado em conjunto com a Associação Brasil Internacional de Inventores, Cientistas e Empreendedores Inovadores (ABIPIR), o projeto está no ar desde agosto de 2018.
Todo ano, o Coletivo Educador ainda realiza encontros formativos e ações pontuais, incluindo varal solidário e mutirões em alusão ao Dia Mundial da Limpeza (21 de setembro). Nestes dez anos, a união de esforços também gerou algumas edições de um jornal educativo, o qual foi distribuído em escolas municipais para serem utilizados como materiais de apoio em sala de aula. (Reportagem: Derliz Moreno | Fotografia: Iêda Brasil)