Oito Supertucanos puderam ser vistos e ouvidos de perto nas Cataratas do Iguaçu, na Ponte da Amizade e na Itaipu Binacional. Na usina, foram feitas várias passagens e uma homenagem escrita com fumaça nas alturas: “Itaipu 47 anos
Pilotos de elite da Força Aérea Brasileira (FAB) procuravam um local fora de sua base, em Pirassununga (SP), para treinar, fazer provas de voos por instrumentos e fotografar a nova geração do A-29 Supertucano em locais icônicos, onde a aeronave atualmente utilizada pelo grupo ainda não havia sido registrada. A oportunidade veio com um convite da Itaipu Binacional, que completa 47 anos na próxima segunda-feira (17) e pediu à Esquadrilha da Fumaça, que faz 69 anos nesta sexta (14), para celebrar os dois aniversários riscando o céu da fronteira.
Foi assim que, nesta quarta (12) e quinta-feira (13), oito A-29 puderam ser vistos e ouvidos de perto nas Cataratas do Iguaçu, no Marco das Três Fronteiras, na Ponte da Amizade e na Itaipu Binacional. Na usina, foram feitas várias passagens e uma homenagem escrita com fumaça nas alturas: “Itaipu 47 anos”.
Não foram apresentações acrobáticas típicas da Esquadrilha, que ainda não voltaram a acontecer em função da pandemia (para evitar aglomerações) e exigem espaços isolados do adensamento urbano. No lugar de loopings e inversões, treinamentos de sobrevoos em formação – o suficiente, no entanto, para encantar e surpreender moradores e turistas de Foz do Iguaçu.
E foi o bastante, também, para cumprir a missão previamente estabelecida: com uma aeronave de apoio, a Esquadrilha da Fumaça conseguiu imagens de seus A-29 sobre os atrativos da região, treinou seus pilotos e homenageou a binacional.
“Estávamos meio parados e precisávamos retomar nossas atividades”, diz o major-aviador Juliano Augusto Souza Nunes, um dos pilotos da Esquadrilha. “Como há algum tempo queríamos fazer imagens do A-29 nas Cataratas e na Itaipu, que já havia nos convidado para uma apresentação em 2020, o que não aconteceu por causa da pandemia, decidimos vir agora para sobrevoar a região e fazer os nossos registros”, afirma. “Essa confluência de fatores operacionais e de aproximação com a Itaipu Binacional nos trouxe até aqui.”
Fumaça já! Do rádio do oficial em solo, no Mirante Central da usina de Itaipu, era possível ouvir o comando do piloto que lidera o esquadrão e que se tornou um bordão do grupo: “Fumaça já”. É o sinal para todos os pilotos liberarem a fumaça que deixa um rastro em momentos-chave dos sobrevoos e apresentações.
Foi o que acabou dando um nome popular – Esquadrilha da Fumaça – ao Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) da FAB, um grupo de pilotos e mecânicos que faz demonstrações de acrobacias aéreas pelo mundo, com a missão de difundir a imagem institucional da Força Aérea Brasileira. (Assessoria)