“Deixamos de arrecadar US$ 500 milhões nesses 45 dias em quarentena”, disse o vice-presidente da Câmara de Comércio.
As fronteiras do Brasil com o Paraguai estão totalmente fechadas há mais de 40 dias, a medida, é uma forma de conter o avanço do novo coronavírus. Mas essas restrições impostas pelo governo fizeram com que as empresas de Cidade do Leste deixassem de arrecadar mais de US$ 500 milhões.
A informação foi dada por Juan Ramírez, vice-presidente da Câmara de Comércio de Cidade do Leste, para o La Nación. “Nossa cidade depende em todos os sentidos da liberação da fronteira em ambas direções. Vivemos muito perto de Foz do Iguaçu, e hoje, quando perdemos essa liberdade. É como se o muro de Berlim fosse construído entre as duas cidades”, afirmou.
“Como as lojas estão ligadas ao comércio de fronteira, foram perdidos cerca de US$ 350 milhões por mês com o fechamentos da Ponte da Amizade. Até o momento, deixamos de arrecadar US$ 500 milhões nesses 45 dias em quarentena”, afirmou.
Ramírez também comentou que muitas pessoas também foram prejudicas. “Cidade do Leste, diferentemente de Assunção, não tem um grande número de funcionários públicos. Dependemos do comércio internacional e o fechamento da fronteira deixou todo mundo sem alternativa. E quando escutamos que não há definição sobre a abertura da ponte, faz com que os comerciantes protestem. Todos estão contra as medidas do governo, já que dependemos 100% dos turistas”, afirmou.
Ele também acrescentou que a população precisa voltar ao trabalho. “Existem pessoas que não têm como se alimentar. A falta de comida para as crianças já é sentida, então o vírus passa para o segundo nível. A primeira coisa é sobreviver e depois enfrentar a pandemia. Propomos estabelecer controles super rígidos. Algo especial deve ser feito para a fronteira, pois assim não sobreviveremos “, disse Ramírez.
Até o momento o governo paraguaio não definiu uma data de abertura das fronteiras. (Fonte: Portal da Cidade)