Diante do que estamos vivendo é preciso fazer inúmeras avaliações. Comecemos pela ciência que como diz o médico patologista Paulo Saldiva-se investe mais na pesquisa da queda de cabelo e impotência, do que em vacinas. Há necessidade urgente de se investir na ciência e pesquisa.
É preciso também compartilhar resultados econômicos para que a concentração de renda não fique nas mãos de poucos e os governantes terem o foco para os mais necessitados na direção da promoção humana. Elenquemos só um aspecto da problemática humana: “água potável.” Conforme dados da Unicef 40% da população mundial, mais de 3 bilhões de pessoas não tem lavatório com água e sabão em casa. E aí vai a pergunta:- Como controlar o coronavírus e outras epidemias? (O Brasil faz parte desses dados, não precisa ir longe, basta percorrer bairros/loteamentos/invasões onde moram os menos favorecidos na cidade que moramos).
Nesse momento de combate ao coronavírus, até que enfim, começamos a ver uma união dos poderes que nos governam; pareceres sem embasamento de pesquisa que só atrapalhavam estão diminuindo para o bem da segurança a população. A própria iniciativa privada está saindo do casulo de resultados e disponibilizando valores e muitas ações de voluntários estão amenizando o desamparo e a fome de milhares de brasileiros. Já podemos contabilizar que o vírus está nos tornando mais humanos e cidadãos.
Se não abrirmos a janela da visibilidade e seguirmos a direção mais humana, de saber que vivemos sob o mesmo teto e que é preciso saber dividir, compartilhar resultados, oportunizar para o equilíbrio de todas as demandas- só assim teremos forças para superação de qualquer imprevisto. Não importa as condições econômicas, onde mora, mesa farta. O coronavírus e outras epidemias nos dão esse alerta que devemos sempre nos unir independente de opção partidária, credo e posição social. Neste momento, mais do que nunca, é interpretar que o desenvolvimento só se justifica- se pautar para o bem estar e evolução das pessoas.
Como poderíamos imaginar que da noite para o dia o mundo estaria tão diferente. A magia dos pontos turísticos silenciaram-ainda bem que no Brasil temos o Cristo Redentor com os braços abertos para nos proteger e as Cataratas do Iguaçu lava nossa alma de esperança. As ruas e estradas ficaram praticamente desertas e passou a ser regra distanciamento entre as pessoas. Estamos descobrindo que o poder e dinheiro não têm tanto valor assim.
Não é a primeira vez que o mundo enfrenta epidemias, como cólera, varíola, gripe espanhola, febre tifoide, poliomielite, peste bubônica… Devemos ter serenidade, seguir as orientações e nos consolar, que antes de nós, muitos enfrentaram o medo e o sofrimento. Mas surgiu a luz através da ciência e encontrada vacina. E desta vez haveremos de encontrar o controle.
Até que a ganância, a prioridade comercial forem armas e drogas, houver atos terroristas e guerras contínuas, está difícil pensar num planeta melhor. Mas não podemos perder a esperança e interpretar que o lado positivo de tudo o que acontece, ainda é a solidariedade humana e a dedicação incansável das equipes de saúde e de pesquisa. Sem esquecer àqueles que desafiam a epidemia e continuam cultivando a terra, transportando gêneros de toda ordem, prestando serviços essenciais de sobrevivência e informando a população. (Da Redação Mirtis)
RECONHECIMENTO