A Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP) vai receber 120 máquinas de costura computadorizadas para a produção de lençóis, fronhas e roupas, a partir de maio. A parceria do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) é com a indústria têxtil Linho Branco Enxovais e o investimento total, entre equipamentos, melhorias e qualificação das detentas deve chegar a R$ 650 mil.
A previsão é empregar 100 presas. “É um grande avanço no aumento do número de mulheres trabalhando. Um investimento alto e que se refletirá na progressão, uma vez que, além de qualificação, o trabalho permite a remição da pena. Não há dúvidas do benefício deste canteiro”, afirmou o coordenador regional do Depen de Foz do Iguaçu, Marcos Marques.
PRODUÇÃO – A produção inicial, que está prevista para começar em maio deste ano, após a finalização das obras de adequação da fábrica, deve ser de mil peças por dia, entre lençóis, fronhas e camisetas brancas. A empresa, que atua no ramo desde 2013, também produz jalecos cirúrgicos e roupas hospitalares para profissionais da saúde (conjuntos privativos) e pacientes.
“A empresa está realizando o treinamento de 16 internas uma vez na semana. Uma vez finalizada esta etapa, daremos início à produção. É mais um canteiro de trabalho na unidade, que segue em busca de aumentar a quantidade de detentas trabalhando”, explicou a diretora da unidade, Claudia Grignet Fardoski Souto.
De acordo com o gerente operacional da indústria, Rodrigo Gularte, além de capacitar e empregar as detentas da fronteira, a parceria vai suprir uma outra dificuldade da empresa que é a contratação de mão de obra qualificada. “Temos uma dificuldade imensa em contratar costureiras, por isso, temos certeza de que ao fornecer esse aperfeiçoamento às presas, teremos ótimo desempenho na produção”, conclui.
MÃO DE OBRA – Os canteiros de trabalho do Sistema Penitenciário obedecem as regras da Lei de Execução Penal. Além de remir um dia de pena a cada três trabalhados, os internos recebem qualificação e um salário mínimo, do qual 25%, retornam ao Estado para custear as despesas com a instalação das empresas dentro das unidades.
Além disso, entre as vantagens da contratação de mão de obra carcerária, estão a isenção de encargos trabalhistas, como férias, 13º salário e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As empresas têm, também, segurança sem custo, isenção de água e luz, em caso de baixo consumo, gratuidade da alimentação e a inexistência do vale-transporte. (Agência de Notícias do Paraná)