Presidente do POD diz que a região precisa consolidar os quatro modais de transporte para potencializar a economia e gerar novos postos de trabalho.
Silvana Canal
A construção da segunda ponte com o Paraguai, a ampliação do Aeroporto das Cataratas e a extensão da Ferroeste até Foz do Iguaçu irão consolidar o sistema intermodal, melhorando e tornando o nosso corredor logístico mais eficiente e competitivo.
A opinião é do ex-presidente do Codefoz e atual presidente do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD), Danilo Vendruscolo. Para complementar esse sistema intermodal, também precisa entrar em funcionamento uma hidrovia, que já possui vários projetos em andamento.
“Podemos dizer que a segunda ponte e a ampliação do Aeroporto das Cataratas já são uma realidade. A segunda ponte será custeada pela Itaipu, que já tem os recursos e o apoio dos presidentes brasileiro e paraguaio. O aeroporto já inaugurou uma parte das obras e outras estão em andamento”, disse Vendruscolo.
Aeroporto Internacional Sobre as obras do Aeroporto Internacional das Cataratas, Vendruscolo explicou que a Infraero entregou a primeira etapa das obras no mês de junho. A sala de embarque foi modernizada e ampliada para 1.200 m2. O novo saguão de passageiros passou dos acanhados 800 m2 para 1.5 mil m2. “Nessa primeira etapa, representando 56% do total, foram investidos R$ mais de R$ 32 milhões”, diz o empresário.
“A segunda etapa deverá ser entregue até dezembro, quando o aeroporto praticamente dobrará sua capacidade, de 2.6 milhões para 5 milhões de passageiros ao ano. Ao final dessa etapa, o aeroporto estará totalmente modernizado e reformado, com melhorias na área de check-in, salas de embarque e desembarque ampliadas, duas novas escadas rolantes, três novos carrosséis de bagagens, quatro novos elevadores e quatro novas pontes de embarque”, acrescenta Vendruscolo.
Além dessas melhorias, a Itaipu investirá R$ 6 milhões na duplicação da rodovia 469, principal corredor turístico de Foz do Iguaçu, construção de alças de retorno, acostamentos, viaduto e ciclovia. O presidente do POD diz que a luta da sociedade continua no sentido de ampliar a pista de 2.195 metros para 3.270 metros.
Segunda ponte Sobre a segunda ponte, a pedra fundamental já foi lançada pelos presidentes Jair Bolsonaro e Mário Abdo Benítez. A ordem de serviço já foi publicada no DOU. Atualmente, a empresa vencedora da licitação prepara o canteiro de obras e organiza a contratação de pessoal. “Nos próximos dias a Construbase dará início às obras, em um investimento de R$ 463 milhões. A construtora quer entregar a obra antes do prazo de 36 meses”, afirma Vendruscolo.
Para complementar esse corredor logístico, a Perimetral Leste vai ligar a segunda ponte à BR 277 e será construída pela Construtora JL, que terá 18 meses para conclusão da obra. “A construção da segunda ponte e da perimetral Leste vai tirar os caminhos de transporte de carga pesado do corredor turístico, diminuindo o congestionamento nas avenidas centrais”, conclui Vendruscolo.
Com a nova ligação Foz-Presidente Franco, a Ponte Internacional da Amizade ficará exclusiva para veículos leves e ônibus de turismo. “Essa nova ponte será mais um estímulo ao desenvolvimento regional, pois vai gerar empregos, fortalecerá a integração e facilitará a logística de cargas”, concluí Vendruscolo.
Garantindo os quatro modais de transporte Radicado em Foz há mais de 30 anos, o empresário Danilo Vendruscolo espera muito mais: “nós precisamos garantir a implantação dos quatro modais (rodoviário, ferroviário, aeroviário e hidroviário) para obtermos um sistema moderno e eficiente, garantindo a atração de novos investidores, resultando na potencialização da nossa economia regional e na geração de novos postos de trabalho”.
Ele cita o exemplo da BR-277 que precisa da duplicação de alguns trechos e garantir a redução da tarifa dos pedágios. A atual concessão termina em 2021 e a sociedade precisa estar mobilizada para garantir que a nova concessão seja ideal para toda a sociedade, garantindo as obras com um preço justo do pedágio.
Extensão da FerroesteOutro sonho antigo da Tríplice Fronteira é a extensão da Ferroeste até Foz do Iguaçu. “O projeto está em andamento e aí nós precisamos definir a nova sede do Porto Seco”. Atualmente a Ferroeste transporta cerca de 800 mil toneladas de produtos ao ano. Com essa ampliação, a expectativa é dobrar esse volume, incluindo também a produção paraguaia.
“Já o hidroviário – diz Vendruscolo – requer um pouco mais de tempo e investimento, mas o projeto já está em estudo e poderá ligar o novo Porto Seco até Hernandárias, no Paraguai, via ponte ferroviária sobre o Rio Paraná. Esse modal vai proporcionar o escoamento de produção vinda do Porto de Paranaguá até a Bacia do Prata”.