Revista Mosaicos

Ao nos depararmos com o Memorial Teotônio Vilela na praia Pajuçara de Maceió, logo nos remeteu a homenagem que Medianeira lhe prestou com seu nome batizando obra esportiva de Poliesportivo Teotônio Vilela, local de treinamentos que destacou inúmeros jovens no atletismo como Emerson Perin em 1996, próprio também para caminhadas e lazer.

Inúmeras outras homenagens estão sacramentadas ao poeta, cronista, seresteiro, político, lutador pelas Diretas-Já por este Brasil afora como: Cidadão Paulistano, Instituto Teotônio Vilela, nome do Plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, do Centro de Estudos Políticos e título de Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional. E para coroar o Memorial em Maceió-uma obra do arquiteto Oscar Neimeyer.

Ele que nasceu em Viçosa (AL), filho de usineiros despertou para a política cedo, um dos fundadores da UDN em 1948, foi da ARENA, depois do MDB- nesse partido lutou pela redemocratização do Brasil. Eleito deputado Estadual, Federal, Vice-Governador de Alagoas e Senador por três vezes. Encerrou sua carreira parlamentar em 1982, em decorrência do câncer, mas continuou atuando politicamente como ele mesmo justificou: “Prosseguirei na minha vida de menestrel, cantando aqui, cantando acolá, minhas pequenas toadas políticas “. E foi uma toada musical que os compositores Milton Nascimento e Fernando Brant lançaram em homenagem a Teotónio ” O Menestrel das Alagoas” em setembro de 1983, cantada por Fafá de Belém, música que se transformaria, assim como Coração de Estudante, em hino da campanha Diretas-Já. Movimento este de 1984, exigindo que o congresso aprovasse a emenda constitucional que instituiu eleição direta para o sucessor de João Figueiredo que acabou acontecendo.  Ele morreu dia 27 de novembro de 1983de câncer generalizado, deixando o legado de civismo e cordialidade.

Assim explicou a liberdade ao receber o título de cidadão Paulistano: “Cidadão de Viçosa Alagoas, dos arredores da Serra dos Dois Irmãos, um dos últimos redutos da Guerra dos Palmares, vivo contemplando a imagem do Zumbi, sinto-lhe o rumo dos sonhos e o calor do sangue libertário”.

MEMORIAL- O Memorial Teotônio Vilela é uma espaço dedicado à trajetória de vida do Menestrel das Alagoas. Projetado por Oscar Neimeyer, privilegia um grande vitral da artista plástica Marianne Peretti, em formato e cores da bandeira do Brasil. Em sua parte interna, uma linha do tempo conta, ano após ano, a vida de Teotônio, com fotografias e textos referentes a cada época. Na parte superior externa, uma estatua esculpida por Mestre Antônio Deodato, de Teotônio soltando uma pomba que evoca sua luta pela paz, eternizada pelo seu gesto. (Da Redação Mirtis/Pesquisa) 

Memorial Teotônio Vilela na orla da praia Pajuçara de Maceió projetado por Oscar Neimeyer

Na parte interna do memorial linha do tempo conta a vida do Menestrel das Alagoas

O Poliesportivo Teotônio Vilela de Medianeira projetou vários atletas, dentre os quais Emerson Perin que integrou a equipe brasileira na prova dos 110 metros com barreira na Olimpíada de Atlanta em 1996. “Memória a Teotônio Vilela em Medianeira” Hoje ele mora em Cuiabá (MT) onde é professor de Educação Física numa empresa de Assessoria Esportiva (mais informações sobre ele www.midianews.com.br)

UM DE SEUS PENSAMENTOS QUE PODE SER LEMA DO BRASIL NA ATUALIDADE: “Este País só será grande quando cada brasileiro se sentir responsável e influente pela força do seu pensamento na formação do todo nacional”.