No meio da tarde desta terça-feira (29) ouvimos mais uma vez buzinaço pela ruas de Medianeira e logo por impulso profissional fomos conferir. Ao chegar a Rua Argentina nos deparamos com uma carreata não só de caminhões, mas de veículos em geral , motos e bicicletas desfraldando Bandeiras do Brasil como forma de desabafo e revolta pelo que vem acontecendo no País e em apoio a mobilização dos caminhoneiros, que mesmo já firmado acordo com o governo da redução do diesel, a luta continua. Estava no rosto das pessoas a contestação por uma série de questões: valorização do trabalho, redução dos impostos, mais investimento na saúde, educação, segurança e infraestrutura; contra política de preço dos combustíveis atrelado ao dólar, acabar com privilégios e altos salários dos três poderes executivo, legislativo e judiciário, por um fim no foro privilegiado e acabar com a corrupção. Essa era a pauta que comprovamos com manifestantes que se concentraram na Praça Angelo Darolt depois da carreata, somando-se as evocações como “Intervenção Militar Já”, “Chega de Roubalheira” entre outras.
Lá estavam empresários, funcionários, gente de todas as profissões e classes entoando o Hino Nacional, Canção do Exército (esta que se ensinava nas escolas) com tanto fervor que comovia a todos. Não faltou o verde-amarelo. Em seguida mais carreata por ruas da cidade na direção da concentração dos caminhoneiros, próximo ao Centro de Tradições Gaúchas Sentinela dos Pampas – QG Central desde o início da mobilização. O que deve ficar registrado é que a falta de combustíveis, de alguns alimentos e interferência na cadeia produtiva não revoltou a população – se mantiveram unidos apoiando a luta. (Da Redação Mirtis)