O diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Marcos Stamm, disse nesta terça-feira (17), no Auditório Integração, em Foz do Iguaçu, que manterá e ampliará os investimentos nos vários programas e ações liderados pela empresa. O anúncio foi feito durante uma entrevista coletiva – a primeira concedida desde que ele assumiu o cargo, na última sexta-feira (13). Ao lado do DGB estavam os diretores de Coordenação, Newton Kaminski, e administrativo, João Pereira.
Segundo Stamm, o grande desafio será continuar o que está dando certo e melhorar o que for possível. “Os investimentos em programas que fazem parte da missão ampliada de Itaipu, portanto, não vão parar”, disse.
“Eu, como diretor de Itaipu, tenho a responsabilidade inerente ao meu cargo de cumprir o que é o melhor para Itaipu. Mas eu também sei da responsabilidade de Itaipu com a região. Então vamos buscar a compatibilização de todos esses objetivos”, acrescentou, citando a ampliação da atuação da empresa de 29 municípios da Bacia do Paraná 3 (BP3) para 54 municípios da região Oeste do Paraná, além de Altônia (Noroeste) e Mundo Novo (MS).
Diversos temas foram abordados durante pouco mais de uma hora de conversa com os jornalistas, com destaque para os estudos que estão sendo feitos para o pós-2023, quando o Anexo C do Tratado de Itaipu – que define as bases financeiras e de prestação dos serviços de eletricidade – será revisado e a dívida assumida para a construção da hidrelétrica, quitada.
De acordo com Stamm, o tema já está na pauta da diretoria. “Por serem de interesse das duas nações [Brasil e Paraguai], os estudos começam com antecedência, para que as partes contratantes, quando se sentarem à mesa, tenham todos os elementos necessários. Por isso nós temos o dever de estarmos preparados e informados sobre tudo o que acontece no sistema.”
Para Stamm, o projeto de atualização tecnológica da usina será um esforço fundamental para a sustentabilidade da geração nas próximas décadas, em patamares parecidos aos de hoje, com recordes de produção de energia elétrica. O investimento previsto é de US$ 500 milhões, com conclusão estimada em dez anos. “Estudamos alternativas não só para melhorar as nossas instalações, por meio da atualização tecnológica, mas também para alcançar melhores marcas de produção de energia.”
Stamm ainda considerou um “desafio” substituir os diretores anteriores, facilitado pelo fato de “ser de casa”. “A Itaipu teve a sorte de meus dois antecessores [Jorge Samek e Luiz Fernando Leone Vianna] serem craques e agora eu tenho a responsabilidade de fazer o melhor de mim, e eu farei. Aumenta muito a minha responsabilidade quando dizem que eu sou da casa.” Antes de assumir a Diretoria Geral Brasileira, Stamm era diretor financeiro executivo da Itaipu havia pouco mais de um ano.
Também compareceram o chefe da Assessoria de Planejamento Empresarial (PE.GB), Daniel Ribeiro; o chefe da Assessoria de Planejamento e Coordenação da Diretoria Técnica, Victor Hugo dos Passos Filho (PC.TE); o chefe da Assessoria de Mobilidade Elétrica Sustentável (AM.GB), Celso Novais; o assessor da Diretoria Geral Brasileira (AS.GB), Jorge Callado; a chefe da Assessoria de Comunicação Social (CS.GB), Patrícia Iunovich; o gerente da Divisão de Imprensa (CSIM.GB), Flávio Miranda; e a gerente da Divisão de Relações Públicas (CSRP.GB), Rebecca Montanheiro.
Os assessores e demais diretores também ajudaram em algumas respostas. Participaram da coletiva cerca de 60 jornalistas. Entre eles, repórteres de Foz do Iguaçu e, principalmente, de outras regiões do Brasil e do exterior, participantes do Encontro Nacional de Editores, Colunistas, Repórteres e Blogueiros (Enecob) e do 1º E-latino, que reuniu representantes de jornais de oito países da América Latina, nesta segunda e terça-feira, em Foz do Iguaçu. (JIE – Jornal de Itaipu Eletrônico)