Casa da Memória Roberto Antonio Marin tem nova exposição em cartaz, valorizando as duas principais culturas colonizadoras do município
A noite de abertura da exposição “Travessia: Uma jornada pela imigração alemã e italiana em Medianeira”, no último dia 11, foi repleta de história, memórias e emoção. O momento reuniu autoridades, famílias descendentes de alemães e italianos, parceiros e convidados na Casa da Memória Roberto Antonio Marin.
Abrindo o evento, apresentações de músicas italianas e alemãs pelos Corais Nostra Gente e SOS Vida. Na sequência, a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Diretora da Casa da Memória, Márcia Hanzen, destacou o trabalho realizado em pouco mais de dois anos de funcionamento da Casa da Memória. “Abrimos hoje a nossa 8ª exposição, já atingimos a marca de mais de 7 mil visitantes. E mais uma vez estamos valorizando as famílias pioneiras e as culturas que ajudaram a colonizar e formar a identidade do nosso município. Só tenho a agradecer o trabalho da equipe da Casa da Memória e a contribuição das famílias para a construção desta exposição”, salientou.
A historiadora da Casa da Memória, Franciele Aparecida Araujo, ressaltou, em sua fala, a construção coletiva da exposição. “Essa exposição foi construída por muitas mãos. Além das que estão aqui presentes, que nos atenderam e nos auxiliaram na construção dos álbuns, começou a ser traçada há duas, três, quatro gerações. Iniciou com a trajetória de tataravós, bisavós, que um dia acreditaram em um sonho de ter uma vida melhor. Deixaram tudo para trás na Europa e atravessaram o oceano em busca de novas oportunidades em uma terra desconhecida. Enfrentaram enormes desafios, percorreram estradas, algumas realizaram diversas paradas e tiveram que reconstruir suas vidas diversas vezes até encontrar Medianeira e aqui se estabelecer. Por isso, essa exposição, além de ser uma comemoração das imigrações ítalo-alemã é também uma forma de celebrar e honrar nossa ancestralidade que acreditou em um sonho, deixou um grande legado de perseverança e de heranças culturais e tornou esse momento uma realidade”, explicou.
A exposição “Travessia” valoriza as imigrações alemã e italiana para o Brasil e, posteriormente, para Medianeira, contando a história das famílias que aqui chegaram entre as décadas de 1950 a 1970, além de fatos importantes sobre a imigração. Isso porque 2024 traz marcos importantes para duas culturas. Neste ano comemoramos os 200 anos da imigração alemã e os 150 anos da imigração italiana para o Brasil. “Nosso papel não é excluir, pelo contrário é cada vez mais incluir sujeitos históricos, independente da condição social. A Casa da Memória é um espaço democrático, aberto para todos que queiram compartilhar suas histórias e suas memórias com toda a população. Não conseguimos lembrar de todos, mas todos podem vir até nós, porque nosso objetivo é garantir que ninguém seja deixado as margens da história”, complementa a historiadora.
A coordenadora de Gestão e Memória da Casa da Memória de Medianeira, Ana Cláudia Valério, reforça ainda que a exposição contempla a história de 20 famílias. “Aquelas que se dispuseram a compartilhar suas memórias conosco e com toda a população, além de contribuírem com a construção do nosso acervo. São histórias, memórias, fotografias e objetos que representam o legado de cada família, mas também simbolizam o esforço de todas as outras”, afirmou.
A exposição “Travessia: Uma jornada pela imigração alemã e italiana em Medianeira”, fica em cartaz até o final de janeiro de 2025, na Casa da Memória de Medianeira (antiga prefeitura). O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 14h às 17h30, e aos sábados, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h. A visitação é gratuita.
PARCEIROS – A Exposição contou o apoio de muitos parceiros, em especial na abertura do evento a Cervejaria Agro Beer e a Vinícola Dembogurski. (Assessoria Casa da Memória de Medianeira)