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Na comemoração dos 200 anos da Independência do Brasil, no dia 7 de setembro, em Medianeira, chamou atenção um grupo de indígenas às margens da Avenida José Callegari, próximo ao Rio Alegria, local do desfile. Lá estavam acampados. Expondo e comercializando artesanato e não entendendo muito bem o que estava acontecendo. Só sabiam que era um dia de festa da Pátria Brasil. Eles são índios kaingangs e ou guaranis vindos da Reserva Indígena Nonoai (RS), de uma área de 19 mil ha, situada próximo ao Rio Uruguai. A demarcação original  era de 34 mil ha, datada de 1857, mas  foi reduzida em 1911. Como a área é vasta e lá vivem cerca de 4 mil indígenas que não se dedicam a produção agrícola, a não ser para subsistência, as terras são arrendadas, o que vem destruindo a reserva da Mata Atlântica. Além dessa questão, há invasão de produtores rurais, o que origina muitos conflitos.

Por tradição, se dedicam a caça, pesca e ao artesanato principalmente de bambu. Assim sobrevivem. Percorrem muitos lugares para comercializarem o artesanato, principalmente mulheres com os filhos. Em Medianeira, seguidamente nos deparamos com um grupo de indígenas, nas imediações da Rodoviária Municipal ou às margens do Rio Alegria perto do Paço Municipal. Chegam acampam e transformam o bambu em peças artesanais atrativas.

O que não era de se esperar na comemoração dos 200 anos da Independência, descendentes de habitantes ainda da época do descobrimento do Brasil, ano 1500, estivessem ali como espectadores e ainda vivendo de maneira primitiva. (Da Redação Mirtis/Pesquisa)

Exposição de peças de artesanato

A habilidade de transformar bambu tratado em arte

Instalados as margens do Rio Alegria próximo ao Paço Municipal

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